sexta-feira, 23 de maio de 2014

Acidentes se proliferam na CSN. Até quando o lucro vai valer mais que a vida?

Nesta semana, dois graves acidentes ocorreram nas plantas da CSN. Uma funcionária da unidade Porto Real (Antiga Galvasud, no sul do Rio de Janeiro) morreu em um acidente de trabalho na madrugada de domingo (18/05). Isabela Fernandes Moreira, de 23 anos, trabalhava como Operadora desde 2010. Segundo a empresa, que não chegou a detalhar os fatos, o acidente ocorreu na linha de corte transversal 1.
Na segunda-feira (19/05), um operário da prestadora de serviços KIK sofreu a queda de um dos andares do setor de auto-forno, na planta da CSN em Volta Redonda. O jovem, de 21 anos, foi levado para o hospital gravemente ferido. De acordo com laudos médicos, o trabalhador sofreu fratura na coluna cervical, o que pode causar sérias sequelas permanentes no seu sistema locomotor.
Esses acidentes desmascaram mais uma vez os problemas crônicos de Saúde e Segurança que existem nas unidades da CSN pelo país. Em Congonhas, é impossível esquecer as mortes ocorridas em 2009 e 2012 na mina Casa de Pedra. 
Além destes fatos trágicos, sabemos que se multiplicam pelas áreas acidentes de trabalho que não são registrados, omissão de CAT e descumprimento da legislação vigente. Permanecem o descaso da empresa e a insegurança para os trabalhadores que entram nas unidades para garantir o sustento de suas famílias. 
O Sindicato Metabase Inconfidentes já denunciou várias irregularidades que também ocorrem na Namisa e em Casa de Pedra. Infelizmente, a postura da empresa é de deixar para segundo plano os investimentos em segurança. Além disso, permanece o clima de pressão, que tira o foco do trabalhador de suas atividades, obrigando-o a produzir intensamente independente das condições de segurança.
Será que vão esperar ocorrer alguma tragédia em Casa de Pedra e na Namisa para tomarem providências?¹
O PSTU defende que os responsáveis sejam punidos. Além disso, a única forma de resolver os problemas de saúde e segurança na empresa é o investimento em segurança e qualidade no ambiente de trabalho. Infelizmente, os acionistas não estão preocupados com isso. A única coisa que interessa a esses senhores é o montante de dinheiro existente em suas contas bancárias.
Por isso, não temos ilusão na bondade do patrão. Para melhorar a CSN é necessário re-estatizar a empresa e colocá-la sob controle dos operários. Os únicos que podem fazer a empresa valorizar a vida e o desenvolvimento humano em detrimento dos lucros são os trabalhadores. Enquanto pertencer aos capitalistas, a CSN vai continuar matando, ferindo e adoecendo pessoas para encher os cofres dos acionistas.

¹Fonte: Sindicato Metabase Inconfidentes (www.metabaseinconfidentes.org.br)

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