quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Declaração da LIT-CI sobre a queda de Yanukóvich na Ucrânia

Sobre a queda de Yanukóvich em Ucrânia


DECLARAÇÃO LIT-QI
Escrito por SI da LIT-QI   
Qua, 26 de Fevereiro de 2014 17:52
A mobilização popular derrubou Yanukóvich!
Nenhuma confiança em Timoshenko, Klitschko e no novo governo provisório de Turchínov!
A Ucrânia será independente apenas com um governo dos trabalhadores!
A imponente força da mobilização revolucionária do povo ucraniano derrubou o governo assassino, entreguista e oligárquico de Víctor Yanukóvich, conquistando uma vitória democrática que ilumina o caminho dos outros povos e aterroriza as classes dominantes da Ucrânia, Rússia, da Europa imperialista e do mundo inteiro.
Dezenas de milhares de pessoas, auto-organizadas a partir da ocupação da emblemática Maidán (Praça da Independência) enfrentaram durante vários dias a selvagem contra-ofensiva repressiva de Yanukóvich que, valendo-se das sinistras Berkut (forças de elite da polícia) atacou bestialmente a praza várias vezes, tentando afogar em sangue seus valentes defensores.
Mas, a pesar do assédio policial e da ação assassina de dezenas de franco-atiradores e ao doloroso preço de mais de cem mortos e quase mil feridos, as improvisadas milícias de auto-defesa da Maidán, munidas com pedaços de pau, pedras, garrafas de coquetel molotov e algumas poucas armas subtraídas de algumas delegacias de polícia, arsenais menores ou das dezenas de “prisioneiros” que fizeram entre as forças policiais, resistiram de forma tão decidida que chegaram ao ponto de abrir uma verdadeira crise de poder no país.
A resistência aguerrida de dezenas de milhares de pessoas acabou quebrando a cadeia de comando das Forças Armadas, divididas entre esmagar fisicamente os manifestantes ou não, deixando no  ar Yanukóvich e seus pares que, no desespero, tentaram fazer um acordo de último minuto que pudesse salvar seu governo do desmoronamento mais estrepitoso. 
Esse acordo firmado “por cima” entre Yanukóvich e toda a oposição parlamentar (La Patria, UDAR e Swoboda), e rubricado com o beneplácito dos representantes do imperialismo europeu, norte-americano e a própria Rússia, foi repudiado veementemente  pela Maidán, que não acreditou na promessa de “eleições antecipadas” para dezembro, nem um “novo governo de unidade nacional em dez dias”, e se manteve firme exigindo: Fora Yanukóvich já! 
A praça derrotou a repressão e foi além, passando por cima do acordo que salvaria o governo de Yanukóvich do colapso. Assim, no sábado, 22 de fevereiro, pela manhã, o tirano fugiu de Kiev e a capital ficou praticamente nas mãos dos manifestantes e seus destacamentos de auto-defesa, que haviam ocupado os principais pontos estratégicos de poder: o palácio presidencial, o Banco Central e os principais ministérios.
Como testemunhos dessa clara situação de duplo poder, as imagens de milhares de pessoas invadindo a luxuosa mansão de Yanukóvich e a entrevista que um membrodas milícias, sentado na poltrona presidencial, deu diante das câmeras dos principais meios de comunicação, percorreram e causaram impacto no mundo inteiro.
A dramática ausência de uma direção revolucionária
No entanto, diante da fuga de Yanukóvich e da ocupação dos principais edifícios públicos pelas milícias de auto-defesa, a oposição europeísta e as forças de ultra-direita correram para tapar o evidente “vazio de poder” que ficou no país, aproveitando-se da terrível ausência de una direção revolucionária no processo.
O Partido Comunista da Ucrânia cumpriu historicamente e continua cumprindo um papel nefasto nesse sentido. O PC sempre apoiou Yanukóvich, aprovou as “leis repressivas” em janeiro e agora diz que o assassino oligarca era um “presidente legítimo” que foi derrotado por um “golpe fascista”. O stalinismo, como faz no Oriente Médio, novamente se posiciona ao lado dos tiranos contra a mobilização revolucionária das massas. Com isso, conquistou o justo ódio da Maidán.
Nesse contexto, o instrumento utilizado por esse setor da oligarquia ucraniana para resolver a crise de poder foi a Rada Suprema (parlamento), que não havia sido ocupada pelos manifestantes, apesar de estar cercada por milícias de auto-defensa.
À beira do abismo, a Rada “destituiu” Yanukóvich (na verdade, atuou já sobre um fato consumado) e designou Alexándr Turchínov como “presidente interino”, tanto do Legislativo como do Executivo, e convocou eleições para 25 de maio.
Assim, mesmo que de maneira extremamente precária, está em marcha um operativo reacionário de desvio e estabilização da situação política, de resultados insondáveis, sobretudo porque o movimento de massas se sente vitorioso, olha com desconfiança para os “velhos-novos representantes” do poder e continua mobilizado.
Além disso, a situação econômica, à beira do colapso, impede medidas que possam minimizar de forma efetiva a dramática situação de miséria e desemprego da classe trabalhadora ucraniana.
Nossa posição
1-   A queda de Yanukóvich representa uma enorme vitória da mobilização revolucionária do povo ucraniano, que derrotou a repressão, dividiu as forças repressivas, não se deixou enganar pelo pacto desmobilizador entre Yanukóvich e a oposição parlamentar, amparado pelo imperialismo europeu e Putin, além de levar ao colapso as principais instituições do poder político por meio de seus organismos de auto-defesa.
2-   Existe uma dualidade de poderes na Ucrânia. De um lado, o auto-proclamado “novo governo”, assentado na oposição pro-imperialista e de ultra-direita e, por outro, o poder latente da praça Maidán, apesar de que em suas milícias de auto-defesa participem também setores de ultra-direita e uma parte delas tenha sido cooptada como agente do “novo poder”.
3-   Ocorreu uma crise revolucionária, um vazio de poder no dia 22 de fevereiro, quando os manifestantes e as milícias de auto-defesa controlaram os principais centros de poder e Yanukóvich fugiu. Isso ocorreu independentemente de que o movimento não tenha sido consciente disso e de que, por carecer de uma direção política revolucionária, tampouco tenha podido solucionar essa crise de poder a seu favor.  
4-   Por isso, é fundamental que os revolucionários apliquem uma política que responda a essa situação concreta:Não podemos entregar o poder a Timoshenko, Turchínov, Yatseniuk, Dobkin (governador de Kharkov) ou qualquer outro líder ou partido da chamada “oposição pro- ocidental!
Nenhuma confiança nos usurpadores da revolução, da luta do povo ucraniano e seus mártires!
Eles são parte da mesma oligarquia que levou a Ucrânia ao caos mais completo, que explora o povo, cerceia suas liberdades democráticas e entrega as riquezas do país tanto à UE como a Putin!
5-   Isso é fundamental, pois o que está colocado na Ucrânia, independente do frágil governo interino, é a questão do poder político. Nossa posição é que o poder deve passar para as mãos de organismos democráticos da classe operária de toda a Ucrânia, junto com os milhares de ucranianos que defenderam, com sua vida, a praça Maidán.
Agora, mais do que nunca, é fundamental impulsionar a organização e a mobilização independente da classe trabalhadora e da juventude precarizada. É urgente convocar um congresso ou encontro nacional para discutir um programa de governo a serviço dos interesses sociais das classes exploradas, oposto a todos os setores da oligarquia, tanto aqueles ligados ao Partido das Regiões como a Timoshenko, Klitschko e os setores neo-nazistas, e que este organismo centralizador tome o poder para aplicar esse programa.
6-   O povo explorado que derrotou Yanukóvich é quem deve tomar as rédeas de seu destino e decidir democraticamente os rumos da política e da economia do país. Só concentrando o poder em suas mãos, a classe trabalhadora e o povo explorado da Ucrânia poderão aplicar um programa coerentemente anti-capitalista e anti-imperialista, um programa socialista que assegure a independência total do país (tanto da UE como da Rússia opressora), a nacionalização das riquezas, a vigência plena das liberdades democráticas e o respeito aos direitos das minorias, enfrentando decididamente as provocações dos neo-nazistas e as propostas separatistas. Só um governo operário e popular poderá levar a cabo a revolução agrária e o pleno emprego para melhorar de fato as condições de vida do povo.
7-   Para isso é fundamental defender a expropriação de todos os oligarcas (desde Yanukóvich até Timoshenko), do imperialismo, da oligarquia russa e colocar toda a economia a serviço do país A luta deve continuar até que o povo seja o dono de todas as riquezas do país e não um punhado de milionários vendidos à UE e à Rússia!
8-   Por isso, defendemos que a praça Maidán continue mobilizada. Que essa mobilização ocorra em todas as cidades da Ucrânia e que o povo não entregue as armas a ninguém. A tarefa dos revolucionários é continuar impulsionando a luta por um programa socialista e de centralização dos organismos de poder popular, sempre combatendo a influência e se defendendo dos setores ultra-nacionalistas e neo-nazistas, como o nefasto “Setor de Direita”.
9-   A situação do processo revolucionário ucraniano e a dualidade de poderes só reforçam de forma dramática a necessidade de um partido revolucionário, operário e socialista, que seja parte de uma Internacional democraticamente centralizada. A construção dessa direção revolucionária na Ucrânia e em todos os países deve ser a prioridade número um dos marxistas e da vanguarda operária e social.
Secretariado Internacional
26 de fevereiro de 2014
Tradução: Cecília Toledo

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Nota da Liga Internacional dos Trabalhadores sobre as recentes mobilizações na Ucrânia

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O aniversário do PT: porque não vamos cantar parabéns?

Valerio Arcary

Não há porque não lembrar que a formação em 1979/80 de um PT sem patrões, que evoluiu para a influência de massas, rapidamente, nas grandes cidades do Estado deSão Paulo, liderado por um líder grevista metalúrgico, sem relações internacionais sólidas foi um fenômeno político admirável, porém, imprevisto. O PT foi o maior partido dahistória da classe trabalhadora brasileira no século XX. Nos anos oitenta, Lula e a direção do PT (que organizou a corrente Articulação) foram capazes de empolgar um partido que, em dez anos, evoluiu de uma organização de uns poucos milhares, para centenas de milhares de ativistas. E que saiu dos 10% dos votos em 1982 para governador em São Paulo (e menos de 3% na média nos outros Estados), para uma disputa muito apertada do segundo turno nas eleições presidenciais de 1989, contando apenas com contribuições voluntárias.
O PT de 2014 é, evidentemente, outro partido, embora a fração dirigente seja, essencialmente, a mesma. Em três décadas, o PT elegeu muitos milhares de vereadores, algumas centenas de deputados estaduais e federais, chegou ao governo de mais de mil prefeituras, muitos Estados e está pela terceira vez à frente da presidência. O PT de 2011 é a máquina eleitoral mais profissional do Brasil, portanto, integrada às instituições do regime e associada, estreitamente, a alguns dos mais poderososgrupos empresariais.

Criminalização das mobilizações, ativistas, organizações e partidos

Dilma afirma que Forças Armadas serão utilizadas nos atos durante a Copa

Leis anti-protestos e Exército terão manifestantes como alvos durante a Copa do Mundo

A presidente Dilma Roussef afirmou nesse dia 19, durante entrevista às rádios de Alagoas, que asForças Armadas serão utilizadas para coibirem eventuais manifestações durante a Copa do Mundo. O esquema de segurança, que deve custar R$ 1,9 bilhão, será especialmente reforçado nas 12 cidades que sediarão os jogos. "A Polícia Federa, a Força Nacional de Segurança, a Polícia RodoviáriaFederal, todos os órgãos do governo federal estão prontos e orientados para agir dentro de suas competências e, se e quando for necessário, nós mobilizaremos também as Forças Armadas", afirmou Dilma.
A declaração da presidente está respaldada pela portaria publicada pelo Ministério da Defesa em dezembro último, que autoriza o uso das Forças Armadas para coibir "distúrbio" dentro do país. Chamado de "Garantia da Lei e da Ordem" (confira aqui), a portaria autoriza o uso do Exército, Marinha ou Aeronáutica a fim de combater "ameaças", que seriam "atos ou tentativas potencialmente capazes de comprometer a preservação da ordem pública ou a incolumidade das pessoas e do patrimônio".
A primeira versão da portaria enumerava de forma clara o que seriam essas ameaçaspassíveis de serem combatidas pelo Exército: "bloqueio de vias públicas, distúrbios urbanos, paralisação de atividades produtivas, depredação de patrimônio público e invasão de propriedades". As "forças oponentes" a serem combatidas, por sua vez, seriam "movimentos sociais, entidades, instituições e/ou organizações não-governamentais". Depois da polêmica causada por esses termos, que evidenciavam claramente a tentativa de se criminalizar os movimentos sociais e suas lutas, o ministério trocou as palavras, mas o sentido se manteve rigorosamente o mesmo, como mostrou a declaração de Dilma.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Trabalhadores da Vale em Mariana rejeitam proposta de PLR feita pela empresa


Na última semana, ocorreram as assembleias para votação da proposta de PLR feita pela Vale. Em Mariana, a maioria dos trabalhadores optou por enfrentar a empresa e a proposta foi rejeitada nas minas de Timbopeba e Alegria. Embora nas outras unidades a Vale tenha conseguido impor sua política, a resposta dos trabalhadores de Mariana foi muito importante e sinaliza o descontentamento da categoria com os desmandos da empresa.

Entenda o processo:

Até 2013, a forma de remuneração na Vale seguia o modelo de PR (Participação nos Resultados) e o índice pago ao trabalhador era determinado pela produção. Por isso, como o fator era a quantidade de toneladas de minério produzidas, nos anos em que o minério apresentou alta no preço de mercado houve grande crescimento no lucro da empresa, mas o índice da PR permanecia no mesmo patamar. Ou seja, a Vale não queria dividir o crescimento de seus lucros com o trabalhador.

Com a nova proposta de PLR, a empresa mudará a forma de calcular o índice pago ao trabalhador e o fator lucro será incorporado. No entanto, o que pode parecer um avanço, na verdade não passa de mais um ataque, pois a atual previsão de mercado é de queda no valor do minério. Ou seja, a Vale manterá a remuneração dos seus acionistas, mas jogará para o trabalhador o prejuízo que ela pode ter com a queda de seus lucros.

Nota do PSTU sobre os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro

Partido responde a informações veiculadas em setores da imprensa

1- Temos orgulho de ser parte das manifestações da juventude e dos trabalhadores em defesa de serviços públicos gratuitos e de qualidade, como saúde, educação, moradia e transporte. Achamos que é por isso que estamos sendo atacados.
2- Responsabilizamos o governo Cabral e Paes pelo aumento das passagens do transporte e pela repressão policial às legítimas manifestações. Acreditamos que os governos tem utilizado a trágica  morte do cinegrafista para criminalizar o movimento.
3- Assumimos publicamente, desde o ano passado, a crítica aos ‘Black Blocs’ e grupos afins por terem uma metodologia fora do movimento de massas com ações inconsequentes e equivocadas.
4- Alguns setores da imprensa divulgaram depoimentos dos suspeitos que indicariam “que os partidos que levam bandeiras são os mesmos que pagam os manifestantes”. Um dos presos informa já ter visto “bandeiras do PSOL, PSTU e FIP" (como divulgado por jornais como Extra e Globo). Nós nos indignamos com essa acusação. Todos que conhecem nossa prática sabe que isso não corresponde  à realidade. É necessário investigar com clareza  o suposto aliciamento nas manifestações. Pode ser que haja setores da direita fazendo isso.
5- É importante que as organizações da sociedade civil, como a OAB, possam acompanhar as investigações para garantir a transparência da mesma. 

6- O advogado dos acusados recentemente atacou as manifestações contra o governo Cabral e já foi advogado das milícias, tendo por isso uma atitude suspeita no caso.

7- Por último, este tipo de acusação contra o PSTU  não nos intimida. Seguiremos sendo parte das mobilizações contra os governos e por direitos e exigimos que se apure a verdade e puna os responsáveis.

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Contra o que os trotskistas lutaram?


Alvaro Bianchi
O jornal Correio da Cidadania publicou recentemente um artigo de certo Gilvan Rocha intitulado “Aos trotskistas”. Apesar do título não se trata de uma carta ou de uma tentativa de discussão  e sim de um ataque a Trotsky e ao trotskismo, mal informado e baseado em erros historiográficos primários. Dentre outros aterradores achados o notável articulista afirma que os trotskistas estiveram ausentes na “revolução boliviana, de 1952” e no “Maio francês”, contrariando toda a historiografia existente (toda, sem exceção). Obviamente Rocha nunca ouviu falar das teses de Pulacayo, de Guillermo Lora e Hugo Moscoso e também não deve conhecer o livro de Libório Justo. Quem dirá de Henri Weber, Daniel Bensaïd, Jacques Sauvageot, Alain Krivine e das dezenas, senão centenas de estudos sobre o movimento estudantil francês que relatam o protagonismo dos trotskistas ao lado de anarquistas e maoístas.

Zé Maria divulga Carta Aberta ao PSOL e ao PCB

Uma alternativa de classe e socialista nas eleições de 2014

Zé Maria
Presidente do PSTU



O debate sobre as eleições do ano que vem já está nas ruas. É alimentado pela imensa máquina de propaganda do governo da presidenta Dilma Rousseff,  candidata à reeleição, e também pelo esforço de seus principais adversários: Aécio Neves, do PSDB, e pela aliança Eduardo Campos/Marina Silva, do PSB e REDE. A esquerda socialista brasileira precisa se apresentar neste debate e, ao fazê-lo, apontar uma alternativa de classe e socialista para os trabalhadores e a juventude do nosso país.
As eleições de 2014 vão acontecer após o terceiro mandato petista à frente do governo federal e também das manifestações que varreram o país no mês de junho passado e que mudaram substancialmente a situação política brasileira.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Protesto contra o aumento das passagens no Rio é marcado por forte repressão policial


Foto: Erick Dau
Nesta quinta, 6 de fevereiro, realizou-se mais um ato contra o aumento das passagens no Rio de Janeiro. O reajuste, de R$2,75 para R$3,00, foi autorizado pelo prefeito Eduardo Paes apesar de posição contrária do Tribunal de Contas do Município, fato que só veio a público após o anúncio do aumento e esteve cercado de uma guerra pela imprensa. Paes, por outro lado, lançou mão de uma medida paliativa ao acenar com a extensão do passe-livre a estudantes universitários beneficiários de programas sociais como as cotas e o PROUNI. Nós, do PSTU, achamos que o passe-livre deve ser irrestrito, não apenas a todos os universitários, mas também a todos os estudantes da educação básica e sem limitação no número de viagens, como ocorre hoje em dia.

Torcer pelo Brasil é lutar por direitos, democracia e contra as injustiças da Copa

O PT e seus defensores querem dividir o povo brasileiro colocando, de um lado, quem torce pela seleção e espera assistir aos jogos e, de outro, quem critica o megaevento e está nas ruas se mobilizando


Faixa da ANEL na manifestação do dia 25 de janeiro
As jornadas de junho do ano passado abriram uma nova situação política no Brasil, colocando governantes na defensiva, pressionados pela mobilização popular.  A política saiu dos gabinetes e tomou as ruas, quando milhões de jovens protagonizaram manifestações históricas.

Passaram-se mais de sete meses e a burguesia ainda não conseguiu reestabilizar o país. Em 2014, seguirá tentando derrotar a juventude e os trabalhadores. No meio desse caminho, está a Copa do Mundo. O PT quer se aproveitar do megaevento esportivo para fortalecer seu governo e disputar em melhores condições a sucessão presidencial. Quer transformar a paixão do brasileiro pelo futebol e a torcida pela seleção em apoio à candidatura de Dilma.

Porém, os donos do poder no Brasil podem esperar muita resistência. Muito antes do carnaval, a juventude já deu sinais de sua disposição em continuar em luta, contras asdesigualdades sociais e em busca de seus direitos. Agora, é preciso massificar nossa luta, retomando a perspectiva de marcharmos aos milhões nas ruas.