quinta-feira, 25 de junho de 2015

Boletim do PSTU Mineração - Junho



sexta-feira, 12 de junho de 2015

Crise política e corrupção em Mariana

 

Mais um prefeito em vias de ser cassado em Mariana.

A situação atual da prefeitura de Mariana, com mais um prefeito cassado, já vem de muito tempo.
A confusão em  Mariana começou quando Roque Camilo (PSDB), eleito em 2008, teve o registro de candidatura cassado depois de governar por 1 ano e três meses. No intervalo, o presidente da Câmara, vereador Raimundo Horta (PTB), assumiu a prefeitura por 15 dias até a segunda colocada na eleição, Terezinha Ramos (PTB), tomar posse. Depois de um mês, ela saiu por ser alvo de uma série de acusações, dando lugar novamente a Raimundo Horta, que, dessa vez, ficou por sete meses à frente do Executivo.
Depois foi a vez do vereador Geraldo Sales de Souza (PDT) que assumiu a presidência da Câmara e também a prefeitura no lugar de Raimundo, ficando por oito meses, até o retorno de Terezinha, que voltou ao cargo por decisão da Justiça. A prefeita governou entre setembro de 2011 e fevereiro de 2012, quando foi cassada por uma Comissão Processante (CP) aberta na Câmara. O vice-prefeito dela, Roberto Rodrigues (PTB), assumiu e governou a cidade até 31 de dezembro de 2012. Em primeiro de dezembro de 2013 assumiu Celso Cota, que há época era considerado ficha suja e só conseguiu se candidatar mediante liminar.[1]

Por que foi cassado Celso Cota

De acordo com a justiça, a cassação foi baseada no caso em que Cota é acusado de improbidade administrativa durante seu primeiro governo a frente da Prefeitura de Mariana.
A ação de improbidade administrativa contra Celso Cota foi proposta pelo Ministério Público que o acusou de ter, em 2002, feito promoção pessoal com recursos do município. Em 2008 ele foi condenado em primeira instância a ressarcir R$ 80 mil ao erário, além de multa de R$ 160 mil e a suspensão dos direitos políticos por sete anos. A sentença foi mantida em última instância em 2009. Como não havia mais possibilidade recurso, Cota ingressou com uma ação rescisória, na tentativa de invalidar o julgado. E foi a partir de uma liminar obtida nesta ação, que ele pôde se candidatar a prefeito em 2012.[2]
É esta liminar que esta em vias de ser cassada agora, o que pode levar a cidade a mais uma troca de prefeitos fora do prazo.

Mariana é um exemplo, pequeno, da situação geral no Brasil, onde empresas e governantes se unem para explorar e roubar os trabalhadores e a população mais pobre.

O Que propomos para combater a corrupção.[3]

Contra a corrupção e a roubalheira o PSTU defende a prisão dos corruptos e corruptores e o confisco de seus bens

Essas medidas são necessárias para combater a corrupção, mas não serão aplicadas pelo governo do PT, nem por um governo do PSDB. Muito menos esse Congresso de picaretas. Ao contrário, a proposta de Reforma Política em pauta no Congresso tem um conteúdo antidemocrático e tenta restringir uma representação dos trabalhadores e de partidos que seja contra o sistema.

O fim da corrupção só é possível com medidas que nos levem para além deste sistema.

As aplicações dessas medidas só podem ser impostas pela mobilização dos trabalhadores, os principais interessados no fim da corrupção. 

1.Prender corruptos e corruptores e confiscar seus bens

É preciso prender os corruptos e confiscar seus bens. De nada adianta prisões temporárias sem expropriação das propriedades dos corruptos, ou a impunidade das delações premiadas, porque, aosair da prisão, o corrupto vai usufruir o que roubou.

É necessário também prender e expropriar as empresas que corromperam. Não existem corruptos sem corruptores. Em geral, as grandes empresas corruptoras não são afetadas. Muitas empreiteiras envolvidas na corrupção, por exemplo, estão fazendo acordos com a justiça para continuarem participando de novas licitações com o governo.

2.Fim dos privilégios dos políticos

Os altos salários dos deputados, ao invés de "evitar a corrupção", garantem a eles inúmeros privilégios. Essas regalias corrompem os partidos e políticos, mudam o seu modo de vida e servem como um trampolim para a corrupção.

O PSTU defende o fim de todo o tipo de privilégio gozado pelos políticos. Qualquer político de qualquer partido deveria ganhar um salário igual ao de um operário médio qualifi cado ou ao de um professor. 

3.Mandatos revogáveis

Os mandatos dos deputados devem ser revogáveis. Isso significa que, a qualquer momento em que o deputado se envolva em corrupção ou aprove medidas contra os trabalhadores, seu mandato possa ser revogado pelo poder do povo. 

4.Fim do financiamento privado das campanhas eleitorais

São as grandes empresas e bancos que têm controle sobre as campanhas dos grandes partidos, do PT ao PSDB. Uma vez eleitos, empresários, banqueiros e latifundiários, cobram a fatura. O PSTU foi o único partido que apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma medida que proíba o fi nanciamento de empresários nas campanhas eleitorais (Ação Direta de Inconstitucionalidade 4650). O Ministro Gilmar Mendes, que tem compromissos com o empresariado, pediu vistas do processo, suspendendo o julgamento. 

5.Fim do sigilo bancário e fiscal

É preciso também que sejam abertos os sigilos bancário e fi scal dos donos dos bancos e empreiteiras, assim como dos deputados e senadores, governantes e diretores das estatais. 

6.Fim do Senado

O partido também defende o fim do Senado, uma instituição corrupta e conservadora que serve para impedir a aprovação de qualquer medida que favoreça o povo. 

7.CPI da Petrobras é uma farsa

Não devemos depositar nenhuma confiança na CPI da Petrobras, pois ela é dirigida pelos políticos que receberam dinheiro das empreiteiras em suas campanhas. Nenhuma confi ança num Congresso Nacional dirigido por Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Toda investigação deve ser realizada por uma comissão independente que reúna entidades dos trabalhadores.