terça-feira, 29 de julho de 2014

Valério Vieira - 1616 - Na defesa de Leis sobre a mineração que defendam os interesses dos trabalhadores

Novo Código da Mineração: O lucro acima da vida!

O governo federal, com apoio de vários prefeitos de cidades mineradoras, apresentou uma proposta de reformulação das Leis que regem a atividade minerária no país. O Novo Código da Mineração vem para colocar os lucros das grandes empresas em primeiro lugar. Ele mantém a superexploração dos trabalhadores, coloca em risco o meio ambiente e prejudica os cofres públicos ao manter baixa a taxação de impostos para os grandes empresários.


As mineradoras pagam muito pouco em impostos!
O governo afirma que o Novo Marco da mineração é um avanço na arrecadação de impostos, pois os royalties subiriam de 2% para 4%.
No entanto, esse valor permanece sendo ridículo. A Petrobras paga 10% de royalties para as cidades atingidas pela exploração do petróleo. Para ter ideia do que isso representa, em 2009 a produção de petróleo e gás natural gerou royalties e participações especiais de R$ 16,371 bilhões. A participação especial é um tipo de ‘royalty especial’, uma compensação financeira extraordinária nos casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade.
No setor mineral, além dos royalties serem menores, não existe participação especial. Também em 2009, a compensação financeira arrecadada na mineração foi de apenas R$ 742 milhões.
No mesmo período, o valor da produção mineral foi de cerca de US$ 24 bilhões, enquanto o valor da produção petrolífera foi de cerca de US$ 47 bilhões. Ou seja, a arrecadação de royalties no setor petrolífero é cerca de 30 vezes maior que no setor mineral. Quem perde com isso é a população dos municípios mineradores.

O novo Código aumentará a destruição da Natureza e das cidades mineradoras
Pela lógica do novo código, a produção de minério passa a ser uma prioridade nacional que se sobrepõe a todas as outras prioridades. Assim, a prioridade será minerar, mesmo onde há populações tradicionais, povos indígenas, quilombos, reservas naturais ou quaisquer outras. Ou seja, o lucro das mineradoras tem prioridade em relação ao meio ambiente e à sociedade em geral.

O trabalhador não ganha nada. A exploração permanece
Na proposta do governo para o novo código há um esquecimento inadmissível: os trabalhadores. As privatizações retiraram direitos e conquistas histórias. A categoria acumulou nos últimos anos uma infindável lista de motivos para reclamar. A cada dia, a vida dos operários está ficando mais difícil.

Hora de lutar para mudar essa realidade!

Precisamos criar Leis que mudem pra melhor a realidade do país. Valério defende um programa que beneficie a população dos municípios mineradores. Nossa luta é pela soberania de nosso país e pela melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores. Por isso, defendemos:

a) Aumento dos Royalties para 10% 
Queremos o aumento dos Royalties para 10% do faturamento bruto das empresas e a Cobrança de ICMS sobre exportação (fim da Lei Kandir).

b) Defesa dos Direitos dos trabalhadores 
Cumprimento rigoroso das normas de saúde e segurança; fim das terceirizações; extensão dos direitos de organização de base e representação sindical.

c) Defesa do Meio Ambiente e Municípios Mineradores 
Proibição da mineração em áreas de preservação ambiental (matas, nascentes etc.); empresas devem recuperar as áreas mineradas e ser responsáveis pelas medidas que evitem a poluição ambiental;

d) Reestatização da Vale e CSN 
É necessário fortalecer a luta pela Reestatização da Vale e da CSN e das demais empresas privatizadas.

e) Discussão democrática 
Realização de audiências públicas, órgãos e conselhos eleitos e com representação de trabalhadores e comunidade; plebiscito popular para aprovação de qualquer marco legal; 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A disputa das eleições numa perspectiva revolucionária

Mesmo depois de passados meses do impasse que inviabilizou a constituição de uma Frente de Esquerda que envolvesse PSTU e PSOL em nível nacional, este debate vez ou outra reaparece. Nas últimas semanas, ele surgiu na esteira da crise que viveu o PSOL e da troca de sua candidatura à presidência da república, com a saída do senador Randolfe Rodrigues e a entrada da ex-deputada Luciana Genro.


Luciana Genro, mais de uma vez, deu a entender que, ainda que fosse certo o PSTU não aceitar ser vice de Randolfe, não haveria razão para não aceitar ser vice na chapa encabeçada por ela. Por outro lado, alguns militantes do PSOL apontam uma pretensa incoerência pela não realização da frente em nível nacional quando ela pôde constituir-se em alguns estados.



A companheira Luciana e muitos militantes do PSOL parecem partir do pressuposto de que quando ela, representando um setor à esquerda dentro do partido, assume a candidatura à presidência deixam de existir as diferenças de programa com o PSTU. Eu respeito muito a companheira Luciana e estes militantes que raciocinam desta forma, mas tenho uma opinião muito diferente sobre essa questão e trato de esclarecê-la a seguir.



O PSTU participa das eleições não por acreditar que por esta via vamos mudar o país e garantir vida digna para os trabalhadores. Como sabemos, as eleições em nosso país são completamente controladas pelo poder econômico (através do financiamento dos partidos, das campanhas e candidaturas; através do controle da mídia, etc). Participamos delas porque consideramos importante disputar politicamente a consciência dos trabalhadores e da juventude de nosso país, apresentando uma alternativa de classe, operária e socialista para o Brasil, que seja um contraponto ao mesmo tempo aos projetos defendidos pela direita tradicional e seus candidatos, como também ao projeto de PT e seus aliados.



Nosso objetivo fundamental aí é ganhar o maior número possível de trabalhadores e jovens para a luta em defesa deste projeto operário e socialista, e avançar na construção da direção política para esta luta em nosso país. É este o conteúdo que vamos dar à disputa que faremos pelo voto (e vamos fazer uma disputa dura por cada voto) dos trabalhadores e jovens. Quanto mais votos obtivermos, mais fortalecida estará a luta por este projeto. Se elegermos parlamentares comprometidos com este projeto, melhor ainda. Mas o nosso objetivo fundamental aqui é claro: disputar a consciência dos trabalhadores e jovens para um projeto operário e socialista para o país e fortalecer a direção política desta luta.



E que projeto de classe, operário e socialista é este? Muito simples. Trata-se de um programa que seja capaz de responder às necessidades da nossa classe e da juventude brasileira; de um governo que seja capaz de aplicar este programa; e de como será possível tornar isso realidade, já que sabemos que pelas eleições não é.



O programa que o PSTU vai apresentar nas eleições parte de responder às demandas das manifestações de rua de junho passado e das centenas de greves que sacodem o país nos dias de hoje, pois expressam as necessidades fundamentais da nossa classe: salário digno, emprego e direitos para todos; saúde e educação pública e de qualidade para todos; moradia digna; transporte coletivo de qualidade e acessível a todos; reforma agrária; aposentadoria; enfim, vida digna a quem trabalha.



Para tanto, este programa precisa atacar o domínio e controle que os bancos, as grandes empresas e as multinacionais têm sobre o nosso país. Vamos defender a suspensão imediata do pagamento da dívida externa e interna, a estatização dos bancos e do sistema financeiro; o fim das privatizações e a re-estatização dos bens e empresas privatizadas (hoje, todas nas mãos de multinacionais, como o setor de telecomunicações, de energia, setor siderúrgico, mineração, aeronáutico, transporte ferroviário; estradas; portos; aeroportos, etc); anular os leilões das reservas do Pré-Sal e as privatizações feitas na área do petróleo e da Petrobrás; estatizar todo o setor de transportes; nacionalizar as terras que estão sob controle do Agronegócio e do latifúndio e colocá-las a serviço da produção de alimentos para a população; atacar os privilégios e o lucro das grandes empresas para reduzir a jornada de trabalho e ampliar os direitos dos trabalhadores, e estatizar todas as empresas que promoverem demissões; acabar com a repressão policial aos trabalhadores e jovens e com a criminalização das lutas e da pobreza, desmilitarizar a PM e assegurar o controle da polícia pela comunidade; atacar fortemente toda forma de discriminação e opressão, o machismo, o racismo e a homofobia; atender demandas democráticas históricas das mulheres como a legalização do aborto, e da juventude, como a legalização da maconha e descriminalização das drogas; livrar o país da corrupção, colocando na cadeia e confiscando os bens de corruptos e corruptores; e um longo et cetera.



Este programa, como se pode ver, tem bandeiras democráticas e econômicas importantes. Mas não se limita à defesa da radicalização da democracia, de reformas ou do desenvolvimento econômico nos marcos do capitalismo. É um programa anticapitalista, que aponta para a superação deste sistema.



Por isso mesmo, requer para a sua aplicação um governo dos trabalhadores, sem patrões, que rompa com os bancos, as multinacionais e grandes empresas e mude o país, acabando com os privilégios destes setores e assegurando vida digna para quem trabalha, apontando para a construção de uma sociedade socialista. Aqui se configura um caráter de classe para este projeto.



Obviamente, um governo assim e que promova mudanças desta natureza não vai se constituir através de eleições controladas pelos banqueiros, grandes empresários e multinacionais. Por isso, dizemos que este governo dos trabalhadores, sem patrões, só poderá se constituir e só conseguirá governar e realizar o programa acima apoiado nas organizações e nas lutas dos trabalhadores, do povo pobre e da juventude.



Este é, resumidamente, o projeto que o PSTU vai apresentar nas eleições. Nas discussões que tivemos com a direção do PSOL, os companheiros nos esclareceram que o seu partido defendia um programa que apontasse para a radicalização da democracia em que vivemos, evitando a defesa de medidas mais radicais que poderia não dialogar com o nível de consciência médio da população, pois isso dificultaria a disputa dos votos.



O PSTU, como eu disse antes, quer e vai disputar os votos dos trabalhadores e da juventude. Mas não vai deixar de defender o seu programa para isso, nem de dizer a verdade aos trabalhadores sobre o que é necessário – e como -mudar no país para que todos tenham vida digna. Precisamos e queremos ganhar os trabalhadores para a luta pela transformação deste país, e não simplesmente ganhar o voto deles a qualquer custo. E isso não é simplesmente um capricho nosso. Se os trabalhadores e a juventude brasileira não abraçarem a luta por este projeto, não haverá revolução e, sem ela, não haverá mudança de verdade no país. Simples assim.



Este debate, sobre a necessidade de rebaixar programa para ganhar votos, nós já vivemos na história recente da esquerda brasileira. Foi dentro do PT, no início da sua existência. Sabemos como terminou esta história e não queremos repeti-la.

Em 2006, quando os parlamentares que fundaram o PSOL recém haviam rompido com o PT e lançaram a candidatura da Senadora Heloisa Helena como expressão da negação da conciliação de classes representada pelo PT, e que empalmou com o sentimento de esperança por uma alternativa em setores amplos dos trabalhadores e jovens, o PSTU decidiu fazer a Frente de Esquerda e somar-se àquele processo que era importante, mesmo com todas as limitações e dificuldades para construirmos um programa em comum que já ali se vislumbrava.


Hoje, temos um quadro muito diferente. O senador Randolfe Rodrigues retirou sua candidatura à presidência para impulsionar, no Amapá, uma frente eleitoral com o PSB e o PT, num completo abandono do critério da independência de classe! Ao que consta, Randolfe é a principal expressão política da direção do PSOL e, de mais a mais, não se sabe de qualquer decisão do partido contrária ao que foi feito lá.



Entendemos que isso seja normal para o PSOL, pois, mesmo sendo parte da esquerda socialista brasileira e oposição de esquerda ao governo do PT, não se propõe a ser um partido revolucionário, portanto não adota, como sua estratégia, a revolução, ou seja, uma transformação completa da estrutura econômica, social e política do país. E compreendemos o porquê do acordo feito pela companheira Luciana com a direção do PSOL (logo após o congresso deste partido), que deu a ela a vaga de vice de Randolfe. Apesar das diferenças que existem entre eles, são parte do mesmo partido e, portanto, comungam da mesma estratégia.



No entanto, o PSTU é outro partido, tem outro projeto para o país e sua candidatura presidencial está a serviço de levar este projeto para os trabalhadores, trabalhadoras e jovens do Brasil. Para nós –e acreditamos que também para toda a militância socialista que defende, de fato, uma revolução socialista no Brasil - aproveitar a disputa eleitoral em curso para ganhar para este projeto uma parcela da nossa classe é fortalecer nossa luta por uma revolução no país. Nós acreditamos que rebaixar nosso programa, deixar de dizer com clareza para os trabalhadores as mudanças que precisamos fazer no país e como podemos fazê-las, abrir mão da independência de classe, ainda que nos leve a ganhar mais votos, vai nos distanciar cada vez mais do nosso objetivo. Essa é a diferença e, como se vê, não se trata simplesmente de quem é vice de quem. Por isso não houve Frente Eleitoral nacional.



Nos diversos estados do país, o processo se desenvolveu de forma desigual e combinada. Onde se conseguiu chegar a um termo aceitável no programa e demais condições para uma frente estadual, ela se constituiu e está sendo apresentada uma alternativa unitária às candidaturas burguesas tradicionais e também ao PT e seus aliados naquele estado. No entanto, em todo o país, com frente eleitoral ou candidatura própria nos estados, toda a militância do PSTU estará trabalhando duro para disputar a consciência dos trabalhadores e da juventude brasileira em defesa deste projeto de classe, operário e socialista para o Brasil. E é a serviço dele que estará a nossa candidatura, minha e da companheira Claudia Durans, à presidência e vice presidência da república.



As jornadas de junho do ano passado abriram uma nova situação política no país, mais favorável ao avanço da luta e da organização dos trabalhadores e da juventude. Enxergar nisto apenas o potencial eleitoral que pode favorecer a esquerda nas eleições seria de um oportunismo sem perdão. A esquerda socialista brasileira tem a obrigação de apresentar, na disputa eleitoral, uma alternativa de classe e socialista, e de lutar para ganhar para esta alternativa todos os trabalhadores e jovens que puder. Ganhar sim os seus votos, mas principalmente, ganhá-los para a luta em defesa deste projeto. Apenas desta forma vamos aproveitar de forma conseqüente as melhores condições que a realidade política nos brinda para avançarmos no sentido da nossa estratégia que é a transformação socialista do país onde vivemos.

É para dar conta deste desafio que convidamos a somar conosco toda a militância que está na luta da classe trabalhadora e da juventude brasileira.
*Zé Maria é metalúrgico, membro licenciado da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas e candidato a Presidente da República pelo PSTU
Fonte: pstu.org.br

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Alguns comentários sobre o artigo “Vale planeja segunda safra do minério de ferro em Minas Gerais”

As noticias vinculadas por alguns meios de comunicação, inclusive o Jornal o Tempo e  Hoje em Dia Online,  sobre os planos da Vale para a mineração no estado de Minas e no país, são, manobras diversionistas à parte, uma demonstração do que pensa e como age a maior empresa mineradora do país.

Com um plano de aumentar o teor do minério de ferro, para assim se prevenir de uma suposta crise no mercado mundial do ferro, e de chegar a extração de nada menos do que 453 milhões de toneladas em 2018, frente aos atuais 321 milhões de toneladas, a empresa anuncia ao mesmo tempo um plano que é de diminuir os investimentos, dos atuais 13,8 bilhões de dólares, para, em 2018 5,8 bilhões.

É necessário em primeiro lugar desmascarar a farsa da crise na mineração, o minério de ferro teve uma alta de mais de 597% nos últimos 10 anos, partiu de 16,39 dólares a tonelada em julho de 2004 e está hoje em 97,90 dólares a tonelada. Nenhum negócio legal teve uma valorização tão grande.

É inadmissível que uma empresa que lida com as riquezas nacionais, que recebeu de graça toda a infra estrutura e pesquisa realizada pelo estado brasileiro por 70 anos, que paga de royalties menos de 2% pela exploração mineral atue com a irresponsabilidade da Vale.

Ademais, e de toda forma absurdo que uma empresa com os lucros exorbitantes da vale pague um salário médio inferior  a dois mil reais.

O plano apresentado pela Vale de reduzir seus investimentos na mineração é a outra face dos planos de aumentar estes investimentos, quando a ela e a seu grupo multinacional de acionista lhes interessa. Os planos da mineração, seu desenvolvimento, sua aplicação, a rapidez com que se deve minerar e extrair um recurso natural não renovável e de alto impacto ambiental não podem ser prerrogativa de acionistas preocupados apenas com os lucros e dividendos de suas ações.


Todo o  sistema minerário brasileiro deve ser reestatizado, sob controle dos trabalhadores e das populações atingidas pela mineração, corruptos e corruptores envolvidos nas fraudulentas privatizações de Vale e CSN devem ser punidos exemplarmente, só assim teremos uma mineração a serviço do país e não das grandes empresas.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Para Deputado Federal, vote: Valério 1616


10 motivos para votar em Valério 1616:

01) Valério é operário e defenderá os interesses de sua classe.
02) Valério está há 26 anos presente nas lutas dos trabalhadores e não apenas fazendo promessas em época de campanha eleitoral.
03) Sua candidatura não recebe dinheiro dos empresários e por isso seu compromisso é somente com os trabalhadores.
04) Valério defende a reestatização das empresas privatizadas, como Vale, CSN e Gerdau Açominas. A riqueza do nosso país tem que servir ao nosso povo.
05) Defende o aumento dos impostos para as grandes empresas como forma de captar mais recursos para investir em saúde, educação, transporte, moradia e outras necessidades da população.
06) Valério é contra as terceirizações, pois entende que essa prática é uma forma de explorar mais o trabalhador e tornar sua vida mais precária.
07) Defende o aumento das verbas para a saúde e educação públicas.
08) É contra toda forma de opressão: racismo, machismo e homofobia.
09) Luta contra as práticas de assédio moral dentro das empresas.
10) Luta em defesa dos aposentados, colocando-se contra os Projetos de Leis que retiram direitos e atacam as aposentadorias.

Plínio de Arruda Sampaio: presente!


Depois de anos lutando contra a doença, Plínio não mais resistiu e nos deixou. Perdemos um companheiro de lutas muito importante. Em muitos momentos tivemos opiniões diferentes sobre muitos aspectos da vida política do país. Nem sempre fizemos as mesmas escolhas nas batalhas que travamos.
Mas Plínio, com a sua coerência e generosidade política, sempre foi um ponto de apoio importante para as lutas dos trabalhadores e em defesa das liberdades democráticas em nosso país. E isso, em um país como o nosso - onde grande parte das lideranças históricas da nossa classe bandearam-se para o outro lado da trincheira com malas e bagagens - tem ainda mais importância.
Plínio vai fazer falta a todos e a todas que, como nós, aprendemos a respeitá-lo nas lutas que travamos juntos. Vai deixar saudades. Mas a melhor homenagem que podemos prestar a ele é dar continuidade à luta contra toda forma de exploração e opressão contra a classe trabalhadora. Com esta homenagem nos comprometemos, toda a militância do PSTU.
Deixo aqui um abraço fraterno e a minha solidariedade à sua família, seus amigos e à militância do PSOL pela perda de um de seus mais importantes quadros.

Israel bombardeia Gaza e prepara novo massacre na Palestina

Ataques aéreos já mataram mais de 50 pessoas, a metade mulheres e crianças


O Estado de Israel deu início a uma nova e brutal ofensiva militar contra o território da Palestina. A chamada operação "Margem Protetora" foi lançada pelo exército sionista nesse dia 7 de julho e já deixou 53 mortos segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A metade das vítimas fatais seria de mulheres e crianças. Além disso, 465 pessoas ficaram feridas. Só nesse dia 9, Israel lançou 160 ataques aéreos matando pelo menos 27 palestinos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou intensificar os ataques e já avisou que a operação será "longa, contínua e dura", ameaçado inclusive uma incursão terrestre. Pouco antes, o governo judeu mobilizou 40 mil reservistas para a fronteira com a Faixa de Gaza, deixando clara a sua intenção de ocupar novamente a região e perpetrar um novo massacre contra a população palestina.
Escalada de violência
A justificativa para essa nova onda de ataques à Palestina foi o seqüestro e assassinato de três jovens israelenses na Cisjordânia em junho passado. Apesar de o crime não ter sido reivindicado por nenhuma organização e o Hamas negue a autoria, Tel Aviv acusa o grupo palestino pela ação. Pouco depois do enterro dos jovens israelenses, um adolescente palestino de apenas 17 anos foi seqüestrado em Jerusalém por extremistas sionistas. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte e a autópsia revelou que foi torturado e queimado vivo.

Um dia antes do início dos ataques israelenses, um túnel havia sido bombardeado matando seis palestinos. Em represália, o Hamas iniciou o lançamento de foguetes à Israel, que até agora não fizeram nenhum vítima. A operação israelense, ao contrário, causou grande destruição na já combalida estrutura de Gaza, além dos mortos e feridos.
"Estamos preparando uma batalha contra o Hamas que não terminará em poucos dias", declarou à imprensa de forma ameaçadora o ministro da Defesa, Moshe Yaalon. Apesar de o governo israelense afirmar que se tratam de alvos militares do Hamas, as imagens mostram inúmeros civis feridos chegando nos hospitais abarrotados da região, incluindo mulheres e crianças. Os alvos do Exército sionista inclui residências e prédios civis.
Como sempre, os EUA, os principais financiadores de Israel, manifestaram seu apoio à ofensiva militar contra Gaza e o seu direito de "se defender", nada falando sobre as dezenas de mortes de palestinos até agora.
Israel prepara novo massacre
A incursão por terra por tropas de Israel preparada pelo Estado sionista pode repetir o massacre perpetrado pelo país em 2008 e início de 2009, na operação "Ferro Fundido". Na ocasião a ofensiva israelense deixou quase mil e quinhentos palestinos mortos. Agora, um novo massacre se desenha, com o beneplácito do governo Obama e a conivência da comunidade internacional.