quinta-feira, 17 de abril de 2014

Venezuela: Construir um programa e uma alternativa independente para lutar

Escrito por UST - Venezuela   


Enfrentemos o ‘‘Grande Acordo’’ entre o governo e a patronal
A Conferência de ‘paz’ não passa de um acordo entre a patronal, o governo e setores da oposição, com a benção da Igreja e do imperialismo para conseguir impor o arrocho contra ostrabalhadores. Devemos enfrentá-los com a luta e um programa independente para resolver a crise do país. Nesse sentido, a convocatória feita pelo Partido Socialismo e Liberdade para discutir um programa e um plano de luta para 21 de março é um passo muito importante nesse sentido. Fazemos nossa essa convocatória e chamamos outros setores como o FADESS, a UNETE e os lutadores populares e sindicais a participarem desse encontro.

Algumas de nossas propostas para construir um encontro da classe trabalhadora

Nós, da Unidade Socialista dos Trabalhadores (UST), temos dito que os lutadores operários e os setores populares, diante da grave crise que vive o país, fruto de 15 anos de economia capitalista que favorece os grandes empresários nacionais e multinacionais, tanto as petroleiras como do setor alimentício, entre outras, devemos levantar uma alternativa de independência de classe. Um programa que responda às necessidades dos explorados e não dos exploradores. Que esse programa deve ser de ruptura real com o imperialismo para que não continuem levando nossas riquezas e nosso dinheiro.

Por isso, estamos propondo a suspensão do pagamento da dívida externa, tanto do estado como da PDVSA, investigá-la, da mesma forma que se deve investigar quem levou os mais de 20 bilhões de dólares das chamadas “empresas de fachada”, expropriando e recuperando esses fundos. Esse dinheiro deve ser utilizado na reativação das empresas básicas, com controle dos trabalhadores e não dos burocratas, a construção de escolas e hospitais, com todos os insumos necessários.

Decretar um aumento de salários de emergência para todos os trabalhadores de acordo com a cesta básica. Cobrança de impostos reais das multinacionais e grandes empresas, nacionalização de toda a indústria petroleira, pondo um fim às “empresas mistas” com as quais o imperialismo controla nosso petróleo.

Por um aumento do orçamento para a Educação, com salários dignos para docentes e pesquisadores, pela participação real do movimento estudantil no governo universitário para discutir as necessidades do país. Defesa da estabilidade no emprego e de todas as nossas conquistas frente aos ataques do governo e da patronal!

Pela reconquista e defesa dos sindicatos de base. Basta de intervenção patronal-governamental em nossas organizações. Para enfrentar os acordos e pactos entre os patrões, a oposição e o governo, preparemos um plano de luta. Frente aos assassinatos e a repressão às mobilizações exigimos a formação de uma comissão especial, independente, com participação de organismos de direitos humanos, sindicatos e organizações populares para investigar esses fatos.

Além disso, nós, da UST, continuamos batalhando pela construção de uma ferramenta política para lutar por um governo dos trabalhadores.

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