terça-feira, 10 de junho de 2014

Em assembleia, metroviários de SP decidem suspender a greve até dia 12 de junho

Os metroviários decidiram em assembleia realizada nesta noite (9) suspender a greve iniciada na última quinta-feira, e firmaram nova deliberação para quarta-feira (11), com indicativo de greve para o dia 12 de junho.  
Com a quadra lotada, o tom de solidariedade aos 41 trabalhadores demitidos teve tanta força quanto os pontos de pauta que originaram a greve histórica de cinco dias. Os metroviários entoavam que “ninguém fica para trás”, em campanha de apoio pela reintegração dos companheiros demitidos.  
Os trabalhadores decidiram retomar o trabalho ainda nesta noite, e devem voltar a circular na totalidade até quarta-feira, quando a categoria realiza a nova assembleia para decidir pela continuidade ou finalização da greve.
Apoio  
A CSP-Conlutas, durante os cinco dias de greve, levou apoio à  paralisação dos metroviários e segue na luta com essa categoria, com a exigência da reintegração dos trabalhadores demitidos. Repudia o Governo do Estado que mandou a tropa de choque para  reprimir  os piquetes de greve. Solicita a todas as entidades filiadas  que continuem apoiando esses trabalhadores. Pela reintegração dos metroviários demitidos: a luta continua!  
Dia de mobilização
A assembleia dos metroviários, marcada para começar às 13h desta segunda-feira (9), teve uma pausa e foi retomada após o reunião de negociação que terminou sem acordo, com a presença de representantes do  Sindicato dos Metroviários,  o presidente do Metrô,  e a Secretaria de Transportes Metropolitanos e da Secretaria da Casa Civil, além da presença da CSP-Conlutas e demais Centrais Sindicais que apoiam a luta da categoria.  
Antes de ir à reunião de negociação, o presidente do Sindicato, Altino Prazeres, passou na Quadra dos Metroviários para dar o informe aos trabalhadores de que o governo havia chamado para uma nova reunião. Altino reforçou a importância de tratar em assembleia as 41 demissões dos trabalhadores anunciadas pelo secretário dos Transportes.  
Metroviários resistem à truculência do governador e tomam as ruas de São Paulo com protestos
Nas primeiras horas desta segunda-feira, os trabalhadores metroviários tentaram realizar um ato unitário na Estação de Metrô Ana Rosa, mas foram brutalmente atacados pela Tropa de Choque. De acordo com o dirigente da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, a polícia fechou o cerco aos manifestantes dentro da estação. Alguns conseguiram escapar por uma saída alternativa, mas continuaram sendo perseguidos pelas ruas no entorno da estação. Os que não conseguiram escapar foram levados presos. Treze trabalhadores.  
Em repúdio ao ato violento, manifestantes fizeram o travamento da rua Vergueiro em frente ao Metrô. A manifestação ganhou corpo e mais de mil pessoas saíram em passeata pelas ruas da cidade com destino à Secretaria de Transportes, na rua Boa Vista.  
Participaram do protesto a CSP-Conlutas, MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Anel, Juntos, RUA, UGT, Comitê Popular da Copa e diversas outras entidades e organizações que lotaram a frente da Secretaria e exigiram a retomada das negociações com o governo.  
Atnágoras levou o apoio irrestrito da Central à manifestação. “Estamos aqui para demonstrar nossa solidariedade e estaremos com os metroviários até a vitória”, disse o dirigente.
Fonte: cspconlutas.org.br

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