Trabalhadores se preparam para o Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, na próxima sexta
Está chegando a hora. Em todo o país, avança a preparação para o Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, rumo à Greve Geral. Nesta sexta-feira, o funcionalismo, trabalhadores do transporte público, portos, fábricas, canteiros de obra, universidades, comércios e escolas de várias cidades e capitais devem parar.
A reunião realizada pelas centrais sindicais que organizam o dia (CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical) no último dia 22 mostrou uma grande adesão ao dia 29.
Os trabalhadores não
pagarão por essa crise!
"Há uma indignação geral contra os
ataques do governo do PT e muita disposição de luta", atesta o
dirigente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha. “É importante continuar e fortalecer a
mobilização dos trabalhadores e as pautas comuns das centrais contra o PL das
terceirizações, a rejeição do projeto, as MPs 664 e 665, o ajuste fiscal, são
pontos comuns que possibilitam um grande dia de paralisação, rumo à greve
Geral”, complementa Mancha.[1]
Rumo à Greve Geral
Enquanto os
trabalhadores sofrem com as demissões (100 mil postos de trabalho foram
extintos só em abril, o pior resultado desde 1992), a inflação, os ataques a
seus direitos infligidos pelo Congresso Nacional e o governo Dilma, o FMI
elogia as medidas do ajuste fiscal. Os governos e os patrões querem jogar os
efeitos da crise nas costas dos trabalhadores. Mas é nas ruas e nos locais de
trabalho que essa batalha será definida.
No dia 29, vamos
construir um grande dia de luta, rumo a uma Greve Geral que derrote de vez
esses ataques que têm à frente o governo do PT, o PMDB, e a oposição de direita
encabeçada pelo PSDB.
Nas cidades mineradoras não pode ser diferente!
Como dissemos em
artigo anterior a situação das cidades mineradoras é muito difícil. As grandes
mineradoras têm descarregado nas costas dos trabalhadores a crise da mineração
causada pela queda do preço do minério de ferro. Desde o final do ano passado que
as demissões nas mineradoras têm sido em massa, especialmente nas empresas
terceiras mas também nas primárias como Vale e CSN.
No entanto nem todos
pagam igual pela crise, só a Vale distribuiu aos seus acionistas 2 bilhões de
dólares em dividendos, no inicio deste ano. Por outro lado em Mariana fechou o
“Trem da Vale”, um centro cultura e recreativo para crianças que provavelmente não lhe chegava a custar, ao ano, 1% do que distribui aos acionistas. Para além disso tem chantageado os seus
trabalhadores de não pagar PLR no ano que vem e cortar nos benefícios
trabalhistas. Como se não bastasse todos estes ataques ameaçou recentemente,
fechar “um importante complexo minerário” em Minas Gerais caso o preço do
minério continue a cair.
As demissões e cortes
de benefícios aos trabalhadores assim como a diminuição na contribuição
financeira para as cidades mineradoras têm afetado estas cidades em todas as
áreas, desde os serviços públicos ao comércio, sendo que este último sofre com
a queda de poder de compra dos operários da mineração.
O Seminário Popular em defesa do
emprego, dos direitos e das cidades mineradoras, realizado no passado dia 18 de
Abril decidiu fazer um dia de paralisação municipal em Congonhas para lutar em defesa dos empregos e das cidades mineradoras, ou seja,
parar as demissões, readmitir os demitidos, e não permitir que as mineradoras
diminuam as contribuições financeiras às cidades mineradoras.
O PSTU irá participar ativamente
deste dia de paralisação e chamamos todos os trabalhadores e população de
Congonhas e região a se juntar a esta luta e estar no dia 29 no ato que terá inicio às 16h no Monteirão. No entanto
consideramos que esta luta não pode parar no dia 29. É necessário um fórum que
junte os trabalhadores e movimentos sociais de outras cidades mineradoras para
construir uma luta unificada em toda a região.
As nossas demandas são:
_ Fim das demissões nas mineradoras
tanto nas empresas principais como nas terceiras. Estabilidade de
emprego para todos os trabalhadores da mineração. Que o governo proiba as
demissões.
_ Não à retirada de direitos dos
trabalhadores da mineração! Garantia de reajuste salarial nas empresas no
mínimo igual a média do seu lucro nos últimos 5 anos.
_ Moratória imediata no pagamento de
dividendos aos acionistas das mineradoras.
_ Não ao mineroduto da Ferrous.
_ Contra o marco regulatório da mineração.
_ 10% de Royalties sobre o minério! Pela
reestatização das grandes mineradoras como Vale e CSN sob o controle dos
trabalhadores.
_ Nenhuma
demissão e retirada de direitos dos servidores públicos das cidades
mineradoras.
_ Pela construção de um hospital público
de qualidade na cidade, custeado pelas grandes mineradoras.
_ Controle das comunidades sobre as aguas e a
biodiversidade nas areas atingidas pela mineração.
_ Contra a PL 4330 e MPs 664 e 665.
Chega
de Dilma, PT, PMDB e PSDB!! Por um governo dos trabalhadores sem patrões e sem corruptos!
0 comentários:
Postar um comentário